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Mercado de trabalho

Mais de 20,9 mil vagas formais em junho: comércio paulista mantém ritmo de geração de emprego

Publicado em: 19/08/2021

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 Com o segundo mês consecutivo de crescimento no setor; FecomercioSP projeta recuperação mais consolidada no segundo semestre
 

Um cenário mais otimista em relação à pandemia e a presença de datas especiais, além de mais consumo, ajudaram a elevar a confiança do empresário do comércio nos meses de maio e junho, contribuindo para a criação, neste último, de 20.934 vagas formais no setor, no Estado. Os dados são da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que também registrou a sexta evolução seguida (e a maior desde fevereiro) do mercado de trabalho celetista no setor de serviços, com 45.299 vagas.
 
Junho foi o segundo mês consecutivo de crescimento no comércio e o que registrou o segundo maior aumento mensal de empregos desde novembro. O número de vagas criadas representa um avanço de 0,78% no estoque ativo, que ultrapassou 2,719 milhões de vínculos formais.
 
Entre as três divisões do setor, o varejo foi a atividade que mais contribuiu para o resultado do mês. São 16.219 novos empregos. Consequência, principalmente, do varejo de vestuário e acessórios (2.458 vagas), um dos mais atingidos pela pandemia e que, agora, ensaia uma retomada, apesar de ainda ter muito a recuperar. A mesma observação vale para a atividade de serviços de alojamento e alimentação, que apontou avanço de 5.938 vagas no mês.

 

 

A pesquisa, que também avalia o acumulado do primeiro semestre do ano, apontou que, no período, o comércio registrou a criação de 44.437 novos empregos. Já nos 12 meses, entre julho de 2020 e junho de 2021, foram 175.031 vagas.
 
O valor significativamente positivo se dá pela substituição do período de março a junho de 2020 (no qual mais de 146 mil empregos celetistas no setor foram perdidos) no cálculo do extrato dos últimos 12 meses avaliados.

Assim como as projeções já indicavam, no acumulado de um ano, os segmentos que registraram desempenhos positivos de vendas são também aqueles que mais criaram postos de trabalho.
 
No período citado, das 175 mil vagas criadas, 120.911 foram no comércio varejista, com significativo avanço dos segmentos de materiais de construção (19.843 vagas) e de hipermercados e supermercados (15.612 vagas). Por outro lado, o setor varejista de vestuário ainda amarga recuos de 2.878 vagas, em 12 meses, e de 27.170 vagas, desde o terceiro mês do ano passado.
 
Na capital, o comércio também apresentou resultado positivo, com a criação de 6.394 vagas, no total, no setor. Destas, 4.761 foram criadas no varejo; 1.173, no atacado; e 460, em comércio e reparação de veículos.
 

Serviços
Em junho, apenas os serviços educacionais perderam vagas. O total do setor obteve um avanço de 0,70% no estoque, com 6,534 milhões de vínculos empregatícios.

 

No primeiro semestre do ano, o setor gerou 200.316 empregos celetistas. Este número foi resultado, principalmente, do impacto de atividades como serviços de saúde humana e sociais, que contribuíram com 52.864 vagas. Já nos 12 meses, foram 338.648 novos empregos. Tal desempenho foi puxado pelos serviços administrativos e complementares (150.691 vagas) e, novamente, pelos serviços de saúde humana e sociais (69.334 vagas). Na capital, o setor gerou, em junho, 23.985 vagas, maior patamar desde novembro de 2020.
 
A perspectiva da FecomercioSP é que este inicial processo de recuperação mais consolidada do emprego continue no segundo semestre, principalmente nos meses mais próximos das comemorações de fim do ano. Assim como ocorre neste momento, o avanço da vacinação, bem como a consequente expectativa de não haver novas restrições às atividades não essenciais de comércio e serviços, devem contribuir, também, para essa retomada nos próximos seis meses, ainda que os avanços inflacionário, dos juros e do nível do endividamento familiar possam impactar este cenário.

 

Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.