Publicado em: 13/03/2024
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No ano passado, varejo registrou queda de 20% na data, mas aumento do emprego e queda da inflação vão impactar receitas em 2024; Federação dá dicas para ampliar resultado
Considerado a “Black Friday do primeiro semestre”, o Dia do Consumidor, nesta sexta-feira (15), deverá superar os resultados de 2023 em termos de faturamento. Dados da consultoria Neotrust estimam que, na última edição, as receitas do setor foram de R$ 618,7 milhões na data — uma queda de 20,8% em relação a 2022. Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o cenário, agora, é mais favorável para uma alta. Isso acontece porque há uma conjuntura econômica mais favorável, com indicadores de desemprego em queda e, na contramão, mais gente empregada, o que eleva o contingente de pessoas com capacidade de consumir. Soma-se a isso a redução da inflação e o ciclo de quedas da taxa básica de juros do País, a Selic.
De fato, na perspectiva da Entidade, o Dia do Consumidor é uma ocasião importante para o empresariado do varejo impulsionar as vendas. Não só na sexta, mas nos dias seguintes, já que as promoções se estendem durante o fim de semana. Isso sem falar nas ofertas que começam a ser feitas já no começo do mês. No ano passado, por exemplo, no intervalo entre 1º e 15 de março, o faturamento médio diário do varejo foi de R$ 448,7 milhões, um montante 7,8% superior à média diária de janeiro, segundo a Neotrust.
Mas como faturar no Dia do Consumidor? A Federação tem algumas dicas.
VENDENDO NO DIA DO CONSUMIDOR
A primeira delas é que os empresários busquem e façam pesquisas de mercado realizadas por agências sobre preferências e tendências de produtos para a data. Vale considerar, ainda, os últimos lançamentos disponíveis, por exemplo. Outra é selecionar itens parados nos estoques ou que sejam relacionados a períodos sazonais específicos, como o verão. Nesse caso, essa é a época ideal de movimentá-los por meio de descontos com condições especiais.
Na verdade, ações como essa não precisam se concentrar apenas na data, mas podem se estender para já, no período da Semana do Consumidor. Nesse sentido, em canais digitais, como marketplaces, é possível criar campanhas de descontos em momentos distintos, enquanto nas lojas físicas, é interessante pensar em ofertas exclusivas para clientes antigos ou gerar condições diferenciadas para atrair novos consumidores. Nesses estudos, também é importante mapear produtos mais buscados nessa época do ano, notadamente de segmentos como saúde, higiene e beleza, bebidas, eletrônicos e eletrodomésticos e vestuário.
E, claro, é um momento para oferecer descontos que sejam reais e atrativos. Isso é fundamental, já que consumidores interessados em determinados produtos e/ou serviços costumam acompanhar a variação dos preços. Em marketplaces, vale promover campanhas cujas plataformas subsidiem parte dos descontos. Já nas lojas físicas, principalmente para os itens parados no estoque, o ideal são promoções agregando produtos às vendas (descontos na segunda unidade ou “compre 2 e pague 2”).
Há, ainda, a estratégia de oferecer valores mais atrativos para pagamento usando o PIX, que reforça o caixa de forma imediata, ou ainda disponibilizar entregas gratuitas a partir de determinados valores. São ações que diminuem os custos com máquinas de pagamento e que evitam a desistência da compra, já no carrinho, por causa do preço do frete.
A Semana do Consumidor também é a ocasião para melhorar a experiência do cliente na loja física ou no marketplace. Como muitos consumidores tendem a comprar pela primeira vez, é razoável que esse momento seja de fidelização. Para isso acontecer, no caso do e-commerce, é preciso considerar pontos como a conferência do estoque e de materiais de expedição, além de afinar os prazos de envio.
Nas lojas físicas, é preciso verificar se os preços das etiquetas correspondem ao valor correto, reforçar o treinamento dos funcionários — orientando-os a oferecer os produtos das promoções — e incentivando o pagamento por PIX, além de usar a divulgação externa (e, também, as redes sociais) para salientar a data.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.
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