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Pesquisa inédita do Sincomércio Piracicaba aponta que 54,5% dos empresários do comércio e serviços conseguiram manter faturamento durante a pandemia

Publicado em: 12/06/2020

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Levantamento também apontou que 26% deles preferem o funcionamento do comércio das 13h às 17h

 

            O Sindicato do Comércio Varejista de Piracicaba (Sincomércio) realizou uma pesquisa com 88 empresários do setor de comércio e serviços da cidade para saber como foi o funcionamento dos estabelecimentos durante a quarentena decretada pelo governo do Estado de São Paulo, quando somente os estabelecimentos considerados essenciais estavam funcionando. Dos participantes, 54,5% alegaram que conseguiram manter ao menos parte do faturamento no período, atendendo de forma presencial e online.

            Dentre os que mantiveram o faturamento, 7% fizeram 30% das vendas, enquanto 6% dos entrevistados conseguiram faturar 100%, 60% e 50%, respectivamente, do considerado habitual para o negócio.

            Entre os empresários entrevistados, 21,6% são do setor de vestuário, seguido de calçados (8%) e móveis e veículos, com 4,5% cada.

            Sobre a classificação das empresas, 40,9% são ME (microempresa) e 35,2% EPP (empresa de pequeno porte). Dessa forma, a maioria (13,6%) tem somente um funcionário, seguido 12,5%, com 6 colaboradores.

            O atendimento durante a quarentena foi feito de forma presencial e digital para 52,3% dos entrevistados, vale lembrar que há serviços essenciais entre os respondentes, 28,4% somente de forma online, 10,2% somente presencial e outros 10,2% não atenderam. Para o atendimento à distância, 97% utilizaram Whatsapp, seguido de 41% via Instagram e 40% com Facebook. De acordo com a pesquisa, o atendimento online foi feito pelos proprietários (75%) e funcionários (50%), enquanto a entrega dos produtos foi efetuada por colaboradores e/ou proprietários (65%), seguido de retirada na loja (49%) e motoboy (34%). Para essas perguntas, os entrevistados podiam escolher mais de uma resposta, por isso em alguns casos a soma dá mais de 100%.

            A maioria dos clientes (59%) manteve as compras nesse período, fazendo com que somente 31% dos entrevistados precisassem demitir colaboradores durante a quarentena. Para amenizar os efeitos negativos na economia, 76% negociaram impostos, aluguel, pagamento para fornecedores e reduziram a jornada de trabalho.  

            Em relação ao início da flexibilização, 72% dos empresários foram favoráveis.

            “Esses resultados mostram que os empresários da cidade mostraram capacidade rápida de mudança na rotina para manter parte das vendas e do emprego de seus colaboradores”, explica o presidente do Sincomércio Piracicaba, Itacir Nozella.

Horário

            O decreto do governo do Estado, que implantou o Plano São Paulo, determinou que comércio de rua, shoppings, concessionárias, imobiliárias e escritório poderiam funcionar por no máximo quatro horas seguidas. Para a primeira fase em Piracicaba, a prefeitura determinou o horário das 13h às 17h, que foi apontado por 26% dos entrevistados como o melhor período, seguido de 16% para 10h às 14h, seguida de 11% preferindo das 9h às 13h e de 7%, das 8h às 12h.

            Levando-se em consideração a segunda fase do Plano São Paulo, quando parte do setor comércio e serviços poderá funcionar por seis horas seguidas, 21% apontou o melhor horário como das 10h às 16h, seguido das 12h às 18h (18,5%) e das 9h às 15h (16%).

            Nozella espera que a prefeitura leve também em consideração a preferência dos empresários na determinação do horário de funcionamento. “É preciso levar em consideração também o melhor período para o deslocamento dos colaboradores e a possibilidade de aglomerações”, pondera.

Sincomércio Piracicaba

O Sindicato do Comércio Varejista de Piracicaba e Região é o órgão representativo dos empresários do setor do comércio varejista e de serviços de sete cidades – Piracicaba, Águas de São Pedro, Charqueada, Saltinho, São Pedro, Tietê e Torrinha. Fundado em 1942, possui hoje 8 mil contribuintes e é filiado à Fecomercio, órgão que também está à frente dos conselhos do Sesc e do Senac São Paulo.